terça-feira, 7 de janeiro de 2014

EROTISMO NA POESIA

A CONTENDA ONDE NUNCA HAVERÁ VENCIDOS

 

OU VENCEDORES


Trago ao leitor, um belíssimo poema de autoria do Poeta Cearense FRANCISCO DELIANE, no qual constata-se a possibilidade da belíssima e harmônica convivência do erotismo exacerbado com a linguagem absolutamente comedida. Uma verdadeira delícia.



















Os sentidos inteiramente aguçados

a visão, o olfato, o tato, o paladar

A memória ancestral agigantada

na integralidade da ação

Entregue ao supremo ato do desejo

Quando a língua, que era carne

faz-se ação, verbo sem erudição,

periscópio do sentir, da procriação,

e serelepe percorre todo o lugar

Tímida... inicialmente esbarra

no montículo acima da entrada

para ao final no meio de lábios túmidos,

grandes e pequenos, túrgidos, e umedecidos

penetrar a caverna quente e úmida

que debalde luta, para tão logo capitular,

vencida... com ardor crescente e pulsante

para ao amor se entregar.



E aí...

O amor?

Ah! o amor se materializa.



2 comentários:

  1. gostei,,,,descreve um ato,,,,que ato é esse ?,,,,fica por conta da imaginação,,,,

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  2. Obrigado Leonice. Seja bem vinda. Esta é a prova que distingue o ser humano dos outros seres - O poder e a força da imaginação.

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