quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

ETERNIDADE


















Fruto de um mundo feliz. (Inexistente)

Vagando na inexaurível noite da utopia

Viceja ainda em mim este amor ardente

E seu vicejar e evoluir é minha agonia



Sem alegria, nesta distância sombria da alvorada

Sofro vagando a esmo nestas plagas, neste litoral

Buscando aquela que foi sempre tão amada

E hoje sofre neste mundo de dor e sem igual



A praia extensa da desilusão em que me encontro

Amplia-se sem medida à minha vida inteira

Beirando, irônica, este mar cruel do desencontro



Fez da minha desassossegada alma eterna carpideira

A espera do momento sublime e impar do reencontro

Daquela por quem anseio, e sei será perene companheira.



Poema de Francisco Deliane©


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