A R R E P E N D I M E N T O ©
Debalde sendo tu a minha luz, delirante me afastei de ti
Desvairado penetrei nas trevas insensatas da ausência
Meu desatinado amor contraiu verdadeira 'fotofobia'.
A saudade veio fazer no meu peito dolorida permanência
Tarde descobri... Não era 'fotofobia'. Era a dialética agonia
Do ter, perder, para depois querer como antes não queria
Agora estou humilde a suplicar: aceitas meu retorno
Conheci a noite e é certo hei de dar maior valor ao dia
Saiba: Meu dia é você que não valorizei quando devia
Verdadeiramente és a mulher feita de fogo e de distância
Que agora quero muito mais do que antes eu queria
Agora são, tendo superado o limiar entre o delírio e a razão
Descobri ser verdade que nesta vida o que sempre eu buscava
Era você. Só você que eu amava, não me negue pois o seu perdão.
Poema de Francisco Deliane
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