O olhar foi sempre assim
Sempre além de si
Sempre além do tempo
Sonhador, talvez?
Visionário, quem sabe?
A vida sempre lhe foi doce
Nada de amarguras
Otimismo e utopia eram leis
Tinha lá seu lado pragmático
Sua práxis e muitas realizações
Muitos tentaram decifrar aquele olhar
Descobrir seus devaneios.
Nasceu, cresceu, viveu feliz
Ninguém descobriu nada.
Mas um dia, como qualquer outro dia...
Morreu...
Tempos depois abriram suas gavetas
Encontraram-nas repletas de poemas envelhecidos
Então alguém lembrou do seu olhar,
E disseram, e repetiram,
Que seu misterioso olhar
Que seu belo olhar
Era apenas o olhar de um poeta,
Porque sendo os olhos janelas d'alma
Sendo travessa a poesia
Algumas vezes ela salta a janela...
Poema de Francisco Deliane©
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