O verso livre é autónomo em relação aos esquemas métricos, mas
esta autonomia é relativa, uma vez que a poesia não deixa nunca de
integrar-se numa certa musicalidade e num certo ritmo.
No início do século XX, muitos poetas acreditavam que o século
XIX tinha realizado o máximo que podia ser conseguido com a métrica regular, e
rejeitaram-na, preferindo métricas irregulares, que tornavam possível exprimir
o pensamento de modo claro e sem distorções.
A mudança para o verso livre iniciou-se sob as influências muito
diversas do poeta norte americano Walt Whitman e do poeta francês Stéphane
Mallarmé.
Poetas como Robert Graves e W.H. Auden criticaram o verso livre, sob o
pretexto de que lhe faltava a dificuldade de que necessita o verdadeiro
talento.
Em Portugal, podem considerar-se alguns dos poemas de Eugénio
de Castro como os
primeiros em verso livre. Exemplos posteriores encontram-se nas obras de Fernando Pessoae seus heterónimos
(particularmente Álvaro de Campos) e de Mário Cesariny.
Fonte: lusofoniapoética
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