quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O VERSO LIVRE

O verso livre é autónomo em relação aos esquemas métricos, mas esta autonomia é relativa, uma vez que  a poesia não deixa nunca de integrar-se numa certa musicalidade e  num certo ritmo.
No início do século XX, muitos poetas acreditavam que o século XIX tinha realizado o máximo que podia ser conseguido com a métrica regular, e rejeitaram-na, preferindo métricas irregulares, que tornavam possível exprimir o pensamento de modo claro e sem distorções.
A mudança para o verso livre iniciou-se sob as influências muito diversas do poeta norte americano Walt Whitman e do poeta francês Stéphane Mallarmé.
Poetas como Robert Graves e W.H. Auden criticaram o verso livre, sob o pretexto de que lhe faltava a dificuldade de que necessita o verdadeiro talento.

Em Portugal, podem considerar-se alguns dos poemas de Eugénio de Castro como os primeiros em verso livre. Exemplos posteriores encontram-se nas obras de Fernando Pessoae seus heterónimos (particularmente Álvaro de Campos) e de Mário Cesariny.


Fonte: lusofoniapoética

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